A pergunta é: seguir regras na vida podem propiciar uma vida liberta, mais saudável e mais próxima dos nossos objetivos. Indo um pouco além, até que ponto as regras podem nos ajudar a sair do caos, aquele vazio existencial que se não for bem cuidado pode paralisar a nossa vida?
“Regras? Mais regras? Sério?”
Com esta provocação é que Norman Doidge inicia uma reflexão sobre a questão de seguir regras em nosso dia-a-dia. Se muitas vezes apontamos que regras podem ser uma forma das ideologias cercearem nossa forma de pensar e agir, temos que aceitar o fato de que a humanidade, normalmente, nunca foi a favor de regras, afinal o que existe de mais libertador do que fazer aquilo que temos vontade.
Não ter regras nos torna mais livres?
Existem algumas formas diferentes de pensar sobre seguir regras. Doidge afirma que sem regras nos tornamos escravos das paixões. Ou seja, fazemos aquilo que temos vontade, no momento que quisermos, e na maioria das vezes sem levar em consideração o outro. Não ter regras é na verdade deixar que o Ego nos domine, o que na verdade não é nem um pouco libertador.
Então, podemos afirmar que um Ego sem regras nos leva a um caos existencial.
E agora, como sair dessa?
Mesmo em um momento em que desejamos ser livres de regras, buscamos uma estrutura que nos guie neste mundo sem regras, ou seja, um paradoxo significativo.
“Quero liberdade e não quero seguir regras”. Porém, é preciso regras para ser livre. Por outro lado, o caos existencial é assustador e queremos sair dele.
De certa forma criamos um paradoxo (quero liberdade sem regras versus preciso de regras para fugir do Caos) e ficamos presos neste redemoinho.
Sim, as regras podem tornar nossa vida melhor.
Quando falamos de regras absolutas, que se pautam pela ética, pelo conhecimento ancestral e mitológico, sim, elas podem nos ajudar a superar situações que não havíamos passado antes. Podem servir de referência e guia para nos transportar no meio do caos que, eventualmente, podemos nos encontrar.
Se não tivermos regras que nos guiem no meio do caos, acabamos por não viver a liberdade que tanto almejamos. Não conseguiremos sair do redemoinho para enxergar onde realmente estamos.
Virtude, uma regra absoluta que pode nos ajudar?
Acompanhamos a desvalorização de milhares de anos de conhecimento humano sobre adquirir virtudes, muitas vezes denominando de opressor e contra a nossa liberdade (olha ela aí de novo), basicamente pela confusão criada entre moral (certo e errado) e ética (bem e mal).
“Aristóteles definiu as virtudes como simples formas de comportamento mais favoráveis à felicidade na vida. O vício foi definido como formas de comportamento menos favoráveis a felicidade” completa Doidge.
E neste ponto começamos a concluir que as virtudes almejam o equilíbrio e evitam os extremos dos vícios.
Opa, temos uma regra, relevante, que nos orienta a cultivar julgamentos das diferenças entre virtudes e vícios.
Esta regra permite afirmar que quando nos julgamos virtuosos, que fazemos isso ou aquilo à espera de mais curtidas em nosso Facebook ou Instagram, estamos sinalizando nossa virtude.
Agora, dizer as pessoas que somos virtuosos não é virtude, provavelmente, e muito mais do que isso, é nosso vício. Ah, este Ego mais uma vez liderando nosso comportamento?
Em busca de uma regra para fugir do Caos?
De forma simples podemos seguir a regra da busca pela virtude. Refletir sobre virtude e vício, entre equilíbrio e extremos, passa a ser sabedoria. Aos que podem apontar que não existe uma virtude verdadeira, já que tudo é relativo, Doidge aponta “que o mais próximo da virtude é a tolerância. Apenas a tolerância fornecerá a coesão social entre grupos diferentes e nos prevenirá de causar danos uns aos outros.
Vale para uma boa reflexão:
Referências: 12 regras para a vida. Um antídoto pra o Caos – Autor Jordan B. Peterson
Autor do artigo: Nilson Redis Caldeira
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