Esta reflexão trata dos caminhos para nosso reposicionamento existencial diante do novo normal.
Para iniciarmos, convém lembrar de Carl Jung, que ampliou o conceito de inconsciente fazendo uma importante distinção; “nessa grande região de nossa alma, que é inconsciente, existe o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo”.
O inconsciente coletivo sempre foi uma âncora mental para todos nós. É mais fácil segui-lo, até porque é se você o segue tem um forte sentimento de pertencimento, por consequência, se eu fizer parte disso também vão me aceitar.
Porém, dependendo do momento que vivemos, e em diferentes situações, ele pode nos levar por determinados caminhos que conscientemente, talvez, não estaríamos dispostos a segui-los, como p.ex.:
Ou ainda, em termos pessoais, podemos afirmar que o inconsciente coletivo pode trazer uma angústia existencial, principalmente por levar a uma fraqueza do indivíduo, tornando-o sem propósitos. Afinal o propósito individual é sobrepujado pelo coletivo.
Na prática, quando passamos por este desconforto existencial, buscamos refúgio retornando ao mundo transitório das imagens e sensações (p.ex. Internet, TV, redes sociais, polarizações, relações conturbadas), enfim, tudo isso ajuda na fuga da forte sensação provocada pela angústia.
O caminho inicia-se pela busca do equilíbrio, esta linha tênue entre a Ordem e o Caos.
Leia o artigo no blog: Reconhecendo o Caos para buscar a Ordem em um mundo pós-pandemia
Nesta linha, como afirma Jordan Peterson, “É lá onde somos, ao mesmo tempo, suficientemente estáveis, exploradores, transformadores, reparadores e cooperadores. É lá onde encontramos o sentido que justifica a vida e seu sofrimento inevitável.”
O caminho é encontrar o sentido suficiente para que possamos, de forma natural e consciente, visitar o inconsciente coletivo no momento que desejarmos, explorarmos da forma que quisermos e retornamos a nossa consciência sabendo discernir o que é uma visão coletiva e o que é nossa visão individual.
É importante frisar que ter consciência da nossa visão não é um comportamento individualista, pelo contrário, é um comportamento geralmente focado do interior para o exterior, onde aceitamos a nossa responsabilidade, tanto pela nossa vida individual, quanto pela sociedade e o mundo.
Na prática o caminho para o equilíbrio é encontrarmos sentido em nossa consciência e experiência. O que fazemos? Por que fazemos? O que nos move?
Esta busca do equilíbrio passa ser importante também para nos guiar em busca do nosso propósito. E como dissemos anteriormente, a falta de propósito nos torna mais fracos nas tomadas de decisões que temos de realizar no dia-a-dia.
O sofrimento começa no momento que precisamos largar do porto seguro das nossas crenças e valores que estão ancorados no inconsciente. Muitos chamam este local como Zona de Conforto, que é um nome bem apropriado.
Entretanto, a mudança ocorre na Zona de Transformação que é fora da Zona de Conforto. Ela se inicia quando nos propomos a executar um trabalho difícil, complexo e principalmente desconhecido.
Link para o artigo: Seguir regras pode tornar nossa vida melhor?
Uma brilhante obra literária que analisa este processo de transformação é o livro o Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas. O que falaremos a seguir é um pequeno Spoiler, mas diante da riqueza da obra não compromete a sua leitura.
No romance, o marinheiro Edmond Dantés é preso injustamente, vítima de um complô. Trancafiado na solitária, conhece um vizinho de cela, o abade Faria. O abade pede a ajuda de Edmond para fugir, e como contrapartida, oferece a única coisa que não podem roubar dele, o conhecimento.
Com isso passa a educá-lo por vários anos sobre diversas artes e ciências (química, esgrima, línguas e história em geral).
O sofrimento pela perda de crenças que Edmond tão fielmente acreditava, leva a construir novos valores neste processo de transformação, que o colocam um novo patamar da vida, justamente como o Conde de Monte Cristo.
É claro que existem outras análises sobre esta brilhante obra, mas o foco é revelar que a transformação passa por:
Este 3º ponto (recriar o que está velho e desatualizado) tem um significado muito importante no “novo normal”.
Tantos em termos pessoais, mas principalmente profissionais, tivemos um envelhecimento muito rápido das verdades absolutas.
Não existem expertises de nada, porque tudo está para ser criado. Se queremos buscar o caminho para este novo normal, além do equilíbrio, é preciso estudo e mente aberta para conhecer novas verdades, tal qual Edmond Dantes em o Conde de Monte Cristo.
Autor do artigo: Nilson Redis Caldeira
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